Trás-os-Montes e Alto Douro // dia 0
Março 31, 2016
por causa de uns distúrbios na força, só no domingo é que começamos a nossa roadtrip pelo reino maravilhoso. às contas disso, a serra do alvão, que era susposto ser o ponto de partida, ficou para trás e avançamos para a fase seguinte.
seguimos rumo a norte já com três horas de atraso, o que chutava a previsão de chegada para volta das 5 da tarde, quase ao anoitecer e um dia perdido. mas isso já eu adivinhava, é o que a casa gasta.
conduzir na A24 é uma tormenta. e não por causa do carrossel de subidas e descidas, mas porque não posso desviar os olhos da estrada e a paisagem que se desenrolava a cada km é de ir com o queixo de rastos. é nestas alturas que gostava de ser o pendura.. aquilo sobe que é uma alarvidade e passa por zonas de montanha lindíssimas. os ouvidos é que não acharam piada à altitude.. estive "debaixo de água" durante bastante tempo, apesar dos meus esforços.
depois de atravessado o imponente viaduto de vila pouca de aguiar, o nosso destino não tardou muito a revelar-se: o pedras salgadas spa & nature park.
para começar as férias em grande e à francesa! ia finalmente riscar a posição número um da minha to do list de alojamentos. desde que descobri a existência daquele "resort" que andava mortinha para experimentá-lo. mas a distância e a dificuldade em conseguir uma data para firmar a escapadela andavam a arrastar a coisa indefinidamente.
depois de cumpridas as formalidades na recepção, o carro ficou no estacionamento do parque e fomos conduzidos num golf cart até ao nosso domicilio, a casa da árvore. pelo caminho fomos recebendo informações sobre o parque e sobre as instalações que tínhamos à nossa disposição.
atribuíram-nos a casa número um, a mais alta e com o passadiço mais comprido. e ali estava eu, a percorre-lo lentamente, a saborear cada paço a caminho do meu prometido paraíso suspenso.
quando entrei, ia-me dando um fanico. a casa é tão gira, tão acolhedora, tão genialmente construída. não é muito grande mas é perfeitamente funcional: à entrada uma pequena kitchenette e em frente o bengaleiro, a casa-de-banho é dividida entre dois espaços, ambos com luz natural providenciada por uma pequena clarabóia, uma salinha com mesa e sofá (que também é cama), e em frente a uma janelona e por baixo de uma clarabóia, a jóia da coroa:
a decoração é simples e sóbria, em tons neutros e orgânicos, a combinar com a atmosfera daquele lugar mágico. e confortável, tãoooooooo confortável.
não estivemos sozinhos durante muito tempo. pouco depois da nossa entrada apareceram duas funcionarias para fazer a "abertura de cama". enquanto uma colocou dois "tapetes" junto à cama, com os chinelos de quarto perto, a outra preparou-nos uma bandeja com água quente para o chá e bolachinhas. já disse que o recheio da kitchenette era à descrição? águas (com e sem gás), cafés, chás, e chocolate quente.
agradeci o chá, mas o que eu queria mesmo era enfiar-me no spa e só restava uma hora para fazê-lo. por isso, mal elas saíram, saímos nós também!
e soube. TÃO. BEM. depois de ter passado quase cinco horas a conduzir. tanto a sala de banho turco hammam, como da a sauna, são das melhores onde já estivemos (se não as melhores mesmo). grandes e espaçosas, com a temperatura no ponto. a piscina aquecida tinha a água mais límpida que alguma vez apanhei num spa e sem cheiro a químicos. o corredor de marcha foi uma novidade interessante. fartei-me de marchar nele lol
apesar de termos seriamente considerado pedir o jantar servido na treehouse, acabamos por ir até ao restaurante do parque, cuja ementa era mais variada. mas eu nem desfrutei bem a refeição, de doida que estava para voltar para o ninho.
escusado será dizer que tivemos uma das melhores noites da nossa vida. e a casa abana mesmo. e com bastante facilidade. 'nuff said :D
* estadia patrocínada pela minha estimada conta bancária