Summer of 16 // escapadinhas
Setembro 29, 2016
durante a primeira semana saímos da ilha apenas duas vezes. depois das oito/nove da noite, aquilo fica uma calmaria fantástica, nem parece agosto. a malta pira-se toda, e só fica quem está alojado lá. em contraste com o ambiente noturno de tavira, com as suas feiras de verão e animação de rua non-stop, é o paraíso.
na segunda, andamos por tavira quase todas as noites. ou escolhíamos um restaurante da lista do tripadvisor (e fizemos algumas descobertas impecáveis, daquelas que muito dificilmente arriscaríamos por conta própria), ou íamos à marisqueira do mercado, ou ao comer-até-cair-pró-lado de peixe assado, ou até ao centro comercial. houve dois sítios que ficaram por experimentar devido à afluência tremenda da época, mas não me chateio muito com isso, até porque prefiro ir em alturas menos concorridas. há menos confusão, o atendimento é melhor, e a comida é feita com mais calma e dedicação.
no verão passado fiz uma promessa, que neste havia de deixar-me de merdas e experimentar ostras.
aconteceu!
na primeira tentativa não quis experimentar ao natural. não só porque a ideia de comer os bichos ainda vivos faz-me confusão, como a descrição demasiado gráfica que o homem faz da sua textura tira-me o apetite lol. por isso, baby steps. até calhou bem, porque a pessoa encarregue de abrir ostras não estava ao serviço, e só estavam a sair ao vapor.
uma gotinha de limão, uma pitadinha de pimenta para espevitar o palato, um jeitinho com a ponta da faca para descolar o bicho da concha, e cá vai disto!
eeeeeeeeeee... meh! sou grande apreciadora de marisco, mas não achei o mais famoso dos bivalves nada por ai além. o problema podia estar na preparação. o homem, que nunca tinha provado ao vapor, constatou que ao natural sabem bem melhor.
outro dia, outra tentativa. nesta dei o salto de fé, e pedi duas ao natural. vieram três. comi duas delas. depois pedi mais duas para sobremesa. definitivamente, ao natural são mais fresquinhas e sabem bem melhor. quanto ao facto de estarem vivas quando são engolidas, é tentar que a gula ofusque o pensamento lol
pró ano contem comigo na fila de cacela velha, para comer ostras na tasca muhahahha
onze e quarenta da noite eram as nossas doze badaladas. se não tivéssemos à meia-noite em ponto nas quatro águas, ficávamos em terra. mas íamos sempre com tempo, e ficávamos na palheta com a malta do barco até à hora da partida. ainda sacamos umas dicas de tascos à maneira. nada como meter conversa com os locals para descobrir os tesouros mais bem guardados da terra.
to be continued...