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lost in wonderland

lost in wonderland

Earthquake Bird

Novembro 22, 2019

vimos este filme sem saber ao que íamos.. mas sendo produzido pelo ridley scott, e com o dedo do atticus ross na banda sonora, não podia ser uma coisa muito foleira.

é uma espécie de thriller psicológico, enrolado num certo mistério. é passado final dos anos 80, na cidade de tokyo, e a história é-nos narrada do ponto de vista da personagem principal, lucy fly, uma imigrante sueca que trabalha em tradução, que vive lá sozinha, e parece perfeitamente adaptada à cultura e vida no japão.

o filme é um bocado muito lento e demora até começar a desenvolver. a cenografia acaba por compensar, porque nos momentos em que se torna demasiado apático, há narrativas visuais para apreciar. mas quando damos por nós, já vamos bem lançados no meio da trama. talvez um bocado frustados, visto que muitas das situações de suspense acabam por morrer na praia, ou não têm a intensidade que prometiam, porque vai-se a ver são coisas absolutamente mundanas, e muito humanas. uma mente habituada a enredos intrincados vai passar o filme todo a tentar desembaraçar estes pequenos enleios, para chegar à conclusão que não vale a pena gastar energia nisso. nada é o que parece ser, é previsível sem o ser.

e não sendo uma história superficial, também não é profunda... porque tal como na vida real, às vezes as coisas não são o que parecem. e as nossas convicções mais cavadas, por vezes são invenções dos nossos vieses. terminou com uma daquelas chapadas pedagógicas básicas, algo que tendemos a ignorar - um exemplo que a nossa mente é perita a fazer filmes, e que na grande maioria das vezes, a explicação para muitos dos acontecimentos da nossa vida não é nada de transcendental, mas sim, algo muito simples..

sobre as actuações, à excepção da alicia vikander, não creio que tenha havido grandes revelações. mas acontece que tenho sentimentos contraditórios com a vikander. por um lado acho-lhe muita graça.. por outro ainda não consegui perceber se tem realmente jeito para representar.. não acho que seja muito versátil, parece-me que só veste bem determinados tipos de personagens - e por acaso este é um desses casos.. mas achei-a forçosamente melancólica e demasiado neurótica para a background story que tinha.. acho que para perceber se aquele dramatismo todo é justificado, tinha que ler o livro. e vá.. é verdade que a vida de uma mulher sozinha no japão não é fácil, e muito menos seria nos anos 80, ainda por cima tratando-se de uma forasteira. ainda assim...

mas tenho que elogiar o investimento que ela fez para interpretar esta personagem. para alguém que não fala a língua, conseguiu entregar os diálogos num japonês bastante aceitável, e absorveu bem os maneirismos acanhados e a fragilidade aparente das japonesas. assim como aqueles dilemas emocionais todos, junto com a dificuldade em se relacionar com outras pessoas, traços tão característicos dos japoneses.

é um filme médio-bom, vê-se bem, e surpreende pela simplicidade. diria que é de digestão lenta, e provavelmente só começa a revelar-se depois de terminar, e de encaixarmos tudo no seu devido lugar.. fiquei quase com a sensação de ter lido um livro do murakami. a banda sonora é bastante envolvente, e ajuda a unir e intensificar aquele drama todo.

...ainda estou é para tentar perceber o que raio significa o som do pássaro que canta depois de um terramoto 🤔

Choke on my RAGE!!!

Agosto 22, 2019

a aggretsuko já anda no netflix há montes de tempo, mas só agora é que nos deu para vê-la. é tão fixe!!! até que enfim, uma personagem kawaii que uma pessoa adulta não precisa de ter vergonha por identificar-se com ela muhahahah

aggretsuko

retsuko é uma panda vermelha adorável, com 25 anos, solteira e muito boa rapariga, que trabalha no departamento de contabilidade de uma grande empresa em tokyo (uma salarywoman, portanto), e descarrega a raiva acumulada dia-a-dia a berrar death metal numa sala de karaoke.

aggretsuko

com ela, vem um conjunto de personagens igualmente fofas, e todas elas a patinar nas frustrações da vida adulta. carreira, colegas, vida social, vida pessoal, e respectivos estereótipos, retratados de forma cruelmente honesta, e genialmente divertida.

grande parte da piada é uma pessoa ver aquilo, identificar-se com cenas atrás de cenas, e pensar, "foda-se! o mundo é mesmo um penico. os dramas que vivemos aqui, são os mesmos no outro lado do mundo.." é tão bom que uma pessoa até se esquece que tá a ver animação.

tá classificada para mais de 13 anos, mas duvido que alguém com menos de 20 consiga ver a puta da piada desta série 🤣

OMG, OMG, OMG

Maio 14, 2019

a netflix (vou linkar como forma de agradecimento lol) não só salvou o lucifer, como transformou a série POR COMPLETO. está irreconhecível, apesar de NADA ter mudado 😲

no ano passado, quando a fox lhe deu a machadada e os fãs fizeram um estardalhaço do caraças para a netflix salvar a série, e a netflix aceitou, fiquei com esperanças que pegassem naquilo e fizessem justiça ao potencial que a série tem...

...e holy shit on a stick, se fizeram!!

eu não queria fazer binge watch, juro que não queria.. queria saborear cada episódio nas calmas, sem pressas.. mas era IMPOSSÍVEL!!

amadureceu, e cresceu-lhe um par de tomates. está mais sombria, atrevida, dramática - acho que não houve um episódio em que não ficasse com os olhos cheios de água. os casos de polícia são mais credíveis, as piadolas tão brutais, as referências são mais que muitas, e tem easter eggs aqui e acolá.

a fox tava a matar a série às golfadas. a terceira temporada foi sofrível, as personagens secundárias estavam completamente desaproveitadas e à deriva. nesta, tiveram todas mais desenvolvimento nos três primeiros episódios, que nas três temporadas anteriores. juntas. a linda FINALMENTE brilhou como psiquiatra do demónio. todàgente teve direito a arcos, com um tempo de antena decente. até as actuações estavam melhores. deve ser a diferença entre ter um guião decente, e provavelmente coaching durante as filmagens.

são só 10 episódios mas estão TÃO BONS. a fandom anda numa histeria pegada, a implorar à netflix para que a série tenha continuação. eles deram-nos exactamente aquilo que nós mais desejávamos. agora não podem simplesmente parar!!



THANKS A MILLION NETFLIX 🙏🙏🙏

The Umbrella Academy

Fevereiro 20, 2019

quando franzes a venta a uma série porque dos poucos minutos que viste parece-te ser uma love child entre x-men e harry potter, mas calha veres uma cena - uma única cena! e ficas instantaneamente fã de uma personagem. e pouco depois apanhas outra cena igualmente genial com a mesma personagem (e nesta altura possivelmente já estás fã do actor). e à segunda música tagada no shazam apercebeste-te que a banda sonora tá do crl. a fotógrafia dá-te arrepios. e o humor fecha o acordo, e dás por ti e estás a devorá-la, episódio atrás de episódio..

the umbrella academy

e pronto, é isto..

Sex Education

Janeiro 21, 2019

já havia uns bons meses que não me entusiasmava tanto com uma série. quando esta caiu no netflix, o homem agarrou-se logo a ela e eu que ia deitando o olho, acabei por ficar agarrada também logo no primeiro episódio. é tão fixe, em tantos níveis. 

é uma amálgama de clichés e estereótipos que têm funcionado muito bem noutras séries de teenage drama. putos desajeitados com as hormonas aos trambolhões, pais às apalpadelas, a demonstrar que nem os adultos sabem dar conta da própria vida quando mais da dos filhos, alto 80s vibe, com guarda-roupa resgatado do fundo do baú a tresandar a naftalina, e banda sonora saudosista, que duvido *muito* que putos daquela idade ouçam nos dias de hoje.

a diferença para o resto das séries do género, é que tem um humor delicioso (que IMO só funciona porque é uma série inglesa); é brutalmente honesta, vai directa ao assunto com uma franqueza refrescante, e é muito bonita, visual e emocionalmente. deixa o coração quentinho.

sex education

são apenas oito episódios, vê-se num instante. e quando acaba, fica-se com uma tremenda necessidade de querer mais e mais!

'Le me

tem idade suficiente para ter juízo, embora nem sempre pareça. algarvia desertora, plantou-se algures na capital, e vive há uma eternidade com um gajo que conheceu pelo mIRC.

no início da vida adulta foi possuída pelo espírito da internet e entregou-lhe o corpo a alma de mão beijada. é geek até à raiz do último cabelo e orgulha-se disso.

offline gosta muito de passear por aí, tirar fotografias, ver séries e filmes, e (sempre que a preguiça não a impede) gosta praticar exercício físico.

mantém uma pequena bucket list de coisas que gostava de fazer nos entretantos.

'Le liwl

era uma vez um blog cor-de-rosa que nasceu na manhã de 16 de janeiro, no longínquo ano de 2003, numa altura em que os blogs eram apenas registos pessoais, sem pretensões de coisa alguma. e assim se tem mantido.

muitas são as fases pelas quais tem passado, ao sabor dos humores da sua autora. para os mais curiosos, aqui ficam screenshots das versões anteriores:
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