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lost in wonderland

lost in wonderland

X-Men: Apocalypse

Junho 15, 2016

disclaimer da praxe: não conheço os contornos do comic, nem da animação, nem conheço o universo deste bando para além das adaptações cinematográficas, as quais nem por isso gosto particularmente e tenho saído sempre do cinema a achar que levei banhada. spoilers ahead, be advised.

só que o homem queria ir ver a olivia munn embalada em latex e lá me arrastou até ao cinema. afundei-me na cadeira, a enumerar as coisas que podia estar a fazer em vez de ficar ali sentada a apanhar uma seca de duas horas e meia. 

o filme lá começou e contra todas as minhas (baixas) expectativas, prendeu-me a atenção logo aos primeiros minutos. apesar de não ser um conceito inédito, adorei o detalhe dos opening credits, que fazem a ligação entre os momentos iniciais até ao palco da acção principal, através uma espécie de túnel do tempo onde se ia assistindo à evolução da civilização in between.

num vibe anos 80 e num cenário pós- days of future past, vamos conhecendo o dia-a-dia mundano dos nossos amigos mutantes, e a sua demanda por tentarem levar uma existência pacifica e serem aceites como cidadãos normais.

entretanto o vilão da fita começa a revelar-se e a coisa ganha ainda mais entusiasmo. este não parecia ser o típico vilão coninhas que os filmes de super-heróis dos últimos anos nos têm andado a alimentar. não, este vilão tem um motivo sólido, e o seu humor rivaliza com o dos crocodilos do nilo. é só o mutante-mor e tem pretensões de dominar o mundo. acabou de despertar de um sono profundo forçado, que durou uns quantos milénios, e não lhe bastasse já ter mau acordar, como ficou absolutamente horrorizado com o panorama que encontrou.

não tardou muito a reunir uma trupe de mutantes igualmente desiludidos com o mundo e ampliar-lhes os poderes, para que o ajudassem a restabelecer o seu domínio e criar uma nova ordem. vai daí, esta gente começa a destruir o mundo como o conhecemos, de uma forma algo violenta para um filme do género.

sem outro remédio, a malta porreira une poderes para lhes dar cabo do canastro, e nos momentos finais acontece uma luta mental fantástica, com um desfecho poderoso.

a narrativa tem pés e cabeça, conseguiu manter-me agarrada do primeiro ao último segundo de filme e de todas as vezes que abri a boca, nenhuma foi para bocejar. muitas cenas, mesmo muitas cenas épicas ao longo do filme, muita respiração sustida, gargalhadas, e até alguma emoção desconfortável (daquela que não percebemos de onde vem, nem como lidar com ela). não me recordo de momentos parados ou aborrecidos, achei-o bem compassado e equilibrado nas doses de drama e acção. e referências, mooontes de referências!


sem contar com o guardians of the galaxy, (não o consigo meter no mesmo saco que os restantes filmes da marvel, aquilo é space opera da pura), acho que este é o filme de super-heróis que mais gostei dos últimos tempos (vá, o deadpool está muito fixe, mas sofre do terrível síndrome do vilão merdoso). não estava nada à espera. tanto que me apeteceu escrever sobre ele, é o primeiro dos x-men que me despertou vontade de o fazer.

não é perfeito. tem alguns soluços no departamento de CG e efeitos especiais, estamos em 2016, não se admite tanto amadorismo num filme destes, algumas cenas parecem ter sido feitas à pressão por estagiários pagos em food stamps; e alguns casts menos felizes, notei alguma falta de profundidade em certas personagens, que não conseguiram criar empatia com quem está deste lado do ecrã. mas apesar disso é um pedaço de entretenimento bastante agradável. e ao fim do dia, é isso que interessa!

Earth's Mightiest Heroes

Maio 11, 2012

(atenção que tem spoilers

 

não estava a pensar nisso mas fui desafiada.. challenge accepted!

 

mesmo não sendo fã de comics americanos e ignorar quase por completo a extensão e profundidade do universo marvel, não deixo de gostar bastante de algumas das personagens que entretanto foram saltando para o grande ecrã, mais concretamente o iron man, o hulk e o spiderman. conheço outras, embora não lhes ache tanta piada..

 

mas ao que interessa!

 

o the avengers é um filme que carrega uma herança pesada. nasceu de um comic com quase meio século de existência e mais de 500 publicações, onde são reunidos alguns dos maiores egos do reino da marvel. o assédio aos fãs com cross-cameos no final dos filmes individuais como iron man, hulk, thor, etc., já levantavam suspeitas para um culminar grandioso. as expectativas tornaram-se elevadíssimas e não havia margem para falhar..

 

..daí que tinha algumas reservas quanto ao realizador e argumentista do filme, joss whedon, porque o background dele mete coisas que não atino (sorry peeps..), tipo buffy, angel, dollhouse e firefly.. é que escrever e ainda por cima dirigir uma produção daquela magnitude parecia tarefa para um super-homem.. e tenho de admitir que o tipo fê-lo na perfeição (desconhecia o facto de ele já andar pela marvel há algum tempo), parece que alguém sabia mesmo o que estava a fazer quando lhe encomendou o serviço. o filme está brutalíssimo!

 

acredito que para os die-hard fans foram duas horas e meia de puro êxtase e deve ter havido muito menino a molhar as calças no cinema. não é para menos, estamos a falar de um dos melhores filmes de acção de sempre (a seguir ao empire, claro muahahaha). até eu, que ia ao cinema para ver o iron man, vim de lá overwhelmed.. duas vezes!! :D

 

apesar da explosão de CG que tem dominado os filmes de acção e sci-fi da última década proporcionar bons espectáculos visuais, tem havido pouca coisa que consiga realmente surpreender. a grande maioria cai na asneira de abusar demasiado da boa vontade das máquinas, e esquecem-se que para um filme ter sucesso ainda "falta um bocadinho assim".

por isso não é em todos os filmes de acção que somos presenteados com um bom guião, boas actuações, personagens sólidas, diálogos interessantes, efeitos especiais q.b. e sequências de luta bem coreografadas. este é um filme que definitivamente traz de volta a magia ao grande ecrã! 

 

os heróis chamados à recepção são: o super-espião nick fury, a perigosa black widow, arqueiro hawkeye, o foragido bruce banner, o playboy tony stark e o seu fato reluzente, o capitain america acabadinho de sair do congelador, e o thor que cai literalmente dos céus. tudo para travar o deus* loki ("reindeer man" / "puny god" muhahah) e a invasão dos chitauri, um exército de extra-terrestres beras, que andavam atrás do cubo cósmico.

 

ao longo da acção temos o privilegio de acompanhar a constituição desta equipa de elite, desde o seu inicio atribulado, onde o choque das personalidades vincadas, delírios de grandeza e individualismo das personagens gera o caos, até ao momento em que se vêm obrigados a unir esforços para salvar a terra dos mauzões.

 

também os planos e ângulos de câmera escolhidos imergem perfeitamente o espectador no meio da acção e ajudam a demonstrar o dinamismo de uma equipa coesa e unida, que despacha os invasores como se não houvesse amanhã. pobres coitados :D

 

avengers

 

apesar de ser baseado numa saga complexa, com twists que nunca mais acabam e com uma panóplia de heróis com "vidas" próprias, há uma clara tentativa de ligar este filme a todo esse património. eu pelo menos notei alguns diálogos que só quem conhece a história por dentro é que deve conseguir decifrá-los ("you and i remember budapest very differently"). contudo, não me parece complicado para quem não está familiarizado com esse mundo conseguir acompanhar o desenrolar do filme.

o elenco já é bem conhecido dos outros filmes e demonstrou ter uma química incrível. queria ainda saudar a escolha de mark rufallo (que não conhecia, btw) para o papel de bruce banner, que é na minha opinião o melhor até à data, retratando muito convincentemente a pacifica personagem, que esconde dentro de si um enorme monstro verde, com uma capacidade de destruição massiva. também a prestação do hulk é brilhante (praticamente ao nível do homem de ferro), que apesar de ser cg, foi o próprio ruffalo quem emprestou os movimentos à criatura tresloucada.

 

a personagem da scarlett também acabou por ser uma surpresa, desta vez não achei que estava lá apenas porque é preciso haver uma gaja boa para destemperar tanta testosterona. mesmo não tendo nenhum "poder" em especial, meteu-se na batalha e lutou como gente grande.

 

e o nick fury teve finalmente o tempo de antena que merece. adorei a personagem, assenta que nem uma luva ao sam jackson (consta que a versão mais recente do nick fury foi mesmo criada à imagem dele, how awesome is that??). badass motherfucker!

não consegui foi considerar o loki como um vilão.. digno, vá. mais parece um puto mimado que em não tendo o que quer, mete-se com más companhias e depois tem que vir o mano ajudar a limpar o estrago. andou pelo filme todo com ar de arrependimento e no final acabou por ser levado sem oferecer grande resistência.

 

bom, e para terminar que isto já vai longo.. são duas horas e meia absolutamente deliciosas. não achei que houvesse um momento de monotonia, o filme cativa-nos até nas cenas mais paradas, as gags estão geniais e referências a coisas não-marvel são subtis e muito bem colocadas ("better clench up, legolas"). 

 

btw, já há sequela confirmada w00t!!

 

*aqui tenho que deixar uma nota de estranheza por ter mitologia/sobrenatural misturada com ciência/engenharia no mesmo filme, mas é um facto que ambas as temáticas co-existem no mundo marvel, por isso não está mais cá quem falou :)

 

(puff!)

Cannot.. UNSEE!!

Maio 06, 2012

jazus.. as coisas que o meu homem me ensina! 

 

fiquei a saber, quando lhe perguntava sobre o nick fury - o homem cujos segredos têm segredos, que já existe um filme sobre o personagem.. interpretado nada mais, nada menos, pelo david hasselhoff. isso mesmo, o michael knight / mitch buchannon himself.. MEDO!!

 

nick fury

o hasselhoff que me desculpe, mas o jackson dá um zarolho com *muito* mais estilo!
 

btw, o filme tem umas desconcertantes 3.5 estrelas no IMDB... e agora, vejo ou não? tenho medo de ficar com algum distúrbio psicológico permanente :D

'Le me

tem idade suficiente para ter juízo, embora nem sempre pareça. algarvia desertora, plantou-se algures na capital, e vive há uma eternidade com um gajo que conheceu pelo mIRC.

no início da vida adulta foi possuída pelo espírito da internet e entregou-lhe o corpo a alma de mão beijada. é geek até à raiz do último cabelo e orgulha-se disso.

offline gosta muito de passear por aí, tirar fotografias, ver séries e filmes, e (sempre que a preguiça não a impede) gosta praticar exercício físico.

mantém uma pequena bucket list de coisas que gostava de fazer nos entretantos.

'Le liwl

era uma vez um blog cor-de-rosa que nasceu na manhã de 16 de janeiro, no longínquo ano de 2003, numa altura em que os blogs eram apenas registos pessoais, sem pretensões de coisa alguma. e assim se tem mantido.

muitas são as fases pelas quais tem passado, ao sabor dos humores da sua autora. para os mais curiosos, aqui ficam screenshots das versões anteriores:
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