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lost in wonderland

lost in wonderland

Wir sind die roboter

Abril 20, 2015

tão ontem à noite lá fui eu redimir-me de um pecado que cometi há uns anos: perder um concerto dos kraftwerk no coliseu de lisboa.



já não vão para novos mas ainda dão no rabinho a muito músico que anda por aí. as remexidelas que ao longo dos anos têm vindo a fazer aos clássicos, tornam-nos tão actuais que (muitos deles) nem parece nasceram antes de mim.

mal os gajos arrancaram os sintetizadores, tive uma reacção completamente inesperada: as lágrimas começaram a escorrer-me cara abaixo com uma fúria, que estava difícil de controlá-las. nunca me tinha acontecido tal coisa num concerto.. tanta memória, taaaanta memória que aquilo me foi desenterrar, jazus.. tudo ali a vir ao de cima ao mesmo tempo, a atropelarem-se umas às outras. do concerto no sudoeste, de zurique, das viagens intermináveis por esse país fora, a caminho de sitios fantásticos e a ouvir os álbuns em loop no carro, entre outras coisas ainda mais repescadas.. fdx, a mente é tramada.. e a música faz-nos dar umas trips muita maradas pelo passado :D


durante duas horas e quase meia, o coliseu ficou imerso numa atmosfera sonora minimalista, grandiosa, cujos sons impunham tanto respeito como a postura austera (quase robótica) dos músicos que lhe davam vida.. rigorosos, mecânicos, gélidos, mas que ao serem harmoniosamente entrelaçados noutros mais delicados e melódicos fazem derreter os ouvidos e transportam-nos para outra dimensão. 

a setlist foi ligeiramente diferente da de zurique, com várias surpresas bem-vindas, como a neon lights ou a das model, e a surpresa da noite, a airwaves - que som tão brutal!!
pena que a autobahn continue excessivamente longa e repetitiva, que às tantas já não via a hora do carocha dar pisca para a direita, para o espectáculo continuar. o medley do tour de france também foi longo, mas não cansa minimamente. e no final - como de costume - a minha preciosa musique non stop, que soa até que os quatro se despeçam do público e abandonem o palco, um a um.

estava rodeada de uma multidão composta por uma admirável maioria de pessoal mais velho que eu, tudo a abanar o capacete e a urrar, assobiar, a bater as palmas e os pés no chão como se tivessem metade da idade, sem perder a energia nem o folgo. é essa a magia do techno dos kraftwerk. são intemporais.

e que venha o próximo, que eu não me canso destes cotas \m/

Descoberta musical do ano!

Dezembro 21, 2012

señor coconut

sei que isto é capaz de parecer estranho, pelo menos vindo de mim, mas não estou a gozar muhahaha é nada mais, nada menos que um álbum de covers de kraftwerk em ritmos latinos (e pode ser ouvido aqui) muita fixe!

 

descobrimos o señor coconut graças à oxigénio, que uma noite destas passou um cover muito peculiar do around the world, dos daft punk.. foi um daqueles acasos que acontecem na vida.. encalhamos nele, e apesar de detestarmos música latina, cai-se facilmente :D

Zürich OpenAir I

Setembro 13, 2012

às seis da tarde, calçamos as nossas galochas e metemo-nos a caminho de rümlang \m/ 

 

apesar de irmos apenas a um dos dias do festival, também tivemos direito à pulseirinha. muito simpática esta decisão deles, pois permitia-nos sair e voltar a entrar no recinto caso precisássemos (aconteceu, tivemos que ir ao aeroporto comprar pilhas, p#%@ da A510). fomos então enfaixados com uma tira de nylon "derretida" à medida do nosso pulso (provavelmente a pulseira de festival mais inviolável de sempre) e SIGAAAAA!

welcome!!

 

era a primeira vez que ia a um festival de música fora de portugal, é escusado dizer que estava morta de curiosidade he he he isso e com os óculos 3D que estavam a distribuir à entada :D

 

a primeira coisa que constatei quando entrei no recinto foi que as fotos que andei a ver dos anos anteriores não eram nada exageradas:

lama 
yep, a noite prometia :D

 

volta de reconhecimento. o recinto não era muito grande, mas estava muito bem amanhado. haviam dois palcos enormes praticamente lado a lado, quase gémeos, mas a sua utilização era alternada: enquanto num decorria um concerto, no outro montava-se o material para o seguinte. very clever!

depois haviam os espaços cobertos, que davam um jeitaço quando começava a chover: o "circo" e três "discotecas", duas delas com DJ set.

 

quiosques de comida em três zonas distintas, com uma variedade interessante (pizzas, hamburgers, bifanas, cachorros, chilli, nachos, fish n' chips, thai, noodles, comida biológica, waffles, crepes, fruta, leite e derivados (AWESOME), bebidas etc), casas de banho DECENTES, limpas, com sanita, mini-lavatório para as mão, e papel higiénico (algo que até hoje só vi nos wcs das zonas vips).

descobrimos também que o festival tinha moeda própria, o "money", e se queríamos consumir lá dentro, tínhamos que cambiar. trocámos uma nota de 50 CHF por um cartão com 20 fichas (tokens) destacáveis (o que significava que a coisa mais barata no festival custava 2,5CHF). e se não gastássemos todas, podíamos sempre voltar a trocá-las por dinheiro. gostei da ideia!

não havia lixo praticamente nenhum pelo recinto. razão? cada vez que se compra uma bebida, esta era servida num copo decente (ok, de plástico, mas rígido) e existia uma caução de 1 token. quando acabávamos a bebida, bastava devolver o copo para reaver o tokenand again, very clever

 

eles até lidam bem com a questão da lama. nas áreas comerciais e demais instalações, assim como corredores de acesso entre estas e os palcos, havia soalho em madeira e em frente aos palcos, estrados de plástico. 

 

fora dessas zonas, parecia (há que dizê-lo com frontalidade) uma autêntica pocilga ao ar livre muhahaha e era preciso ter cuidado quando se atravessava aquele pântano, pois quedas aparatosas aconteciam com alguma frequência (espectáculo que só por si, quase fazia valer o dinheiro do bilhete loll).

Untitled

 

in fact, a lama era uma espécie de fashion statementfazia parte da indumentária. a grande maioria calçava galochas, mas havia muito corajoso de botas, ténis, e até havaianas.

mais umas quantas voltas por lá e assentámos para jantar, antes que começassem os concertos que queríamos ver. dividimos uma pratada de chilli com nachos picantes e uma fatia de pizza (deliciosa, btw).

 

por azar, o dorfmeister colidia com orbital e só consegui ouvir os primeiros minutinhos :(

 

o concerto de orbital foi um bocado bipolar, entre o WOW e o YUCK. é que aqueles dois sacanas volta e meia encaixavam lá umas batidas de dubstep do álbum novo.. (BLARGH!!) quer dizer, um som à maneira, daquele que até arrepia os pelinhos todos, maculado por aqueles guinchos electrónicos horrorosos.. NOT FUNNY!

orbital

 

deixámos orbital a uns 15 minutos do fim porque queríamos arranjar um lugar próximo do palco para ver kraftwerk. o mais incrível da orientação (lado a lado) daqueles palcos monstruosos, é que em frente a um deles, não se ouvia o som do outro.. impressive, most impressive

 

as 23h45 depressa chegaram, e kraftwerk começaram a bombar som à hora marcada.. GYYYAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!!! nem queria acreditar que aquilo estava mesmo a aconteceeeeeeeer!!! :D :D :D

the robots


um a um foram revivendo os clássicos, remixados e refinados ao longo de 42 anos, num setlist similar ao do concerto que assisti em 2004, com a diferença que optaram pela a versão alemã das músicas. os grafísmos eram projectados em 3D (yep, era para isso que serviam os óculos que andavam a distribuir :D) e de vez em quando a malta levava com um satélite ou outra coisa qualquer por cima e gritava em uníssono "wwooooooooooooohh" brutal!

IMG_4037 IMG_4010 IMG_4014 IMG_3990 IMG_3985 IMG_4125


o palco até era alto, mas a inexistente inclinação do terreno e os camónes serem todos umas torres foi uma combinação quase fatal, passei o concerto quase todo em bicos dos pés ou a desviar-me de um lado para o outro, até que às tantas afastei-me um bocado mais para trás e resolvi a questão.

 

e ali estava eu, enfiada num lamaçal a dois mil quilómetros de casa, de poncho prá chuva vestido, galochas nos pés e uns óculos 3D na tromba, perfeitamente alinhada com o palco, a ouvir a última música do concerto - music non stop - com um som perfeito..

 

...MAN!!

On tour!

Setembro 13, 2012

uma das utilizações que ainda dou ao last.fm é seguir o feed de eventos de várias bandas/músicos que quero (re)ver ao vivo e em altos berros.. e cada vez que há actividade nesses feeds, sofro micro ataques-cardíacos!

 

uma dessas bandas é kraftwerk. quando aos vi ao vivo pela primeira vez e apercebi-me que tinha perdido um concerto brutal deles no coliseu uns meses antes, apeteceu-me apertar o pescoço a mim mesma.
vai daí, foi uma banda que ficou marcada como "OBRIGATÓRIO REVER".

 

mas desde há uns tempos para cá que andavam um bocado quietos.. e para piorar as coisas, um dos fundadores abandonou o grupo ao fim de 38 anos, o que começou a assustar-me seriamente.. querem ver que ainda acabam sem eu voltar a vê-los outra vez ao vivo? NÃO PODE SER!!

 

às tantas desisti de esperar que voltassem cá e comecei a prestar atenção aos concertos que davam pelo estrangeiro, a ver se algum era fazível.. andaram pelas américas, fiquei seriamente f*dida quando os vi a caminho do sónar no rio de janeiro em vez de barcelona (o que tinha sido BRUTAL, porque aproveitava e via deadmau5 :P), japão (..i wish!).. suécia.. EH LÁ!

 

suécia é fixe. temos malta na suécia a quem estamos a "dever" uma visita há anos! 

fui ver o preço dos voos para lá e dos bilhetes do festival onde iriam actuar e fiquei deprimida.. esquece lá isso, move along..

 

semanas depois pingaram novidades no feed. FIGAS..

 

zurique.. OI?! 

 

tratei logo de investigar a coisa. iam actuar no dia 25 de agosto, num festival cujo o cartaz estava *bem* recheado: para além de kraftwerk, contava com chemical brothers, the prodigy, orbital, simian mobile disco, soulwax, the bloody beatroots, 2 many dj, richard dormfeister, entre outras coisas mais indie ou avariadas tipo dubstep (que nem por isso me interessam).

 

e os bilhetes nem por isso eram caros... e os voos também não... WHOA!!

 

comecei a ficar ansiosa.. será que consigo convencer o homem a meter-se lá comigo?

Yay!!!!

Fevereiro 16, 2008

fiquei agora a saber via last.fm que o Jean Michel Jarre vai passar por lisboa no dia 25 de abril. é começar já a pensar em arranjar bilhetes, que já tão à venda!
este é um daqueles concertos o-b-r-i-g-a-t-ó-r-i-o-s! quando uma pessoa nasce a ouvir estas coisas, se não vai assistir ao concerto deve ser punida com arrependimento eterno (como alguns concertos que eu cá sei), for crisake!

(os kraftwerk também já faziam um desviozinho, já que vão tocar ali por terras espanholas, aproveitavam e passavam por cá outra vez, que o concerto do sudoeste soube-me a pouco... )

'Le me

tem idade suficiente para ter juízo, embora nem sempre pareça. algarvia desertora, plantou-se algures na capital, e vive há uma eternidade com um gajo que conheceu pelo mIRC.

no início da vida adulta foi possuída pelo espírito da internet e entregou-lhe o corpo a alma de mão beijada. é geek até à raiz do último cabelo e orgulha-se disso.

offline gosta muito de passear por aí, tirar fotografias, ver séries e filmes, e (sempre que a preguiça não a impede) gosta praticar exercício físico.

mantém uma pequena bucket list de coisas que gostava de fazer nos entretantos.

'Le liwl

era uma vez um blog cor-de-rosa que nasceu na manhã de 16 de janeiro, no longínquo ano de 2003, numa altura em que os blogs eram apenas registos pessoais, sem pretensões de coisa alguma. e assim se tem mantido.

muitas são as fases pelas quais tem passado, ao sabor dos humores da sua autora. para os mais curiosos, aqui ficam screenshots das versões anteriores:
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