vá, só mais este :D
no sábado madrugámos (leia-se, acordamos às sete e meia), aviámos o farnel, pegámos na tralha de caminhada e fizemo-nos à estrada.
o destino do dia era sesimbra, e o objectivo, ir conhecer o centro de cabos submarinos. ÒZANOS que queria visitar aquilo.. òzanos.. nunca se tinha proporcionado, até que há uns dias atrás, atravessou-se-me no caminho uma oportunidade para tal. não escapou!
acontece que tenho assim uma pequenina pancada por essa história dos cabos submarinos. a ideia de que os oceanos e mares são atravessados por milhares de quilómetros de cabos, que transportam quantidades obscenas de dados à velocidade da luz, ligando (quase) todos os continentes entre si, fascina-me de sobremaneira.
ainda mais incrível é a tecnologia que suporta aqueles cabos.. máquinas, computadores, e km e km de fiarada, a processar e encaminhar dados non stop pelos quatro cantos do mundo. foi um privilegio ter estado naquelas instalações, que são a nossa principal porta de entrada do tráfego internacional de internet e telefone.
o homem já lá tinha estado, numa visita de estudo escolar, mas já nada estava como ele se lembrava. depois apercebeu-se que já tinham passado 20 anos e até lhe apareceu uma ruga nova na testa :D
terminada a visita, estava na hora de ir atacar a serra. estavam três opções em cima da mesa: uma caminhada de 18km pelo cabo espichel; uma caminhada de 12km pela serra do risco ou um powertrail de 5km com 12 caches, por uma parte da serra que ainda não conhecíamos. ganhou a última opção.
que passeio brutal rendeu aquele curto powertrail. metade do caminho junto à falésia, e a outra metade mais para dentro, pelo matagal, mas sempre com o mar à vista. adoro, adoro, adoro!!
e quero lá voltar antes de verão começar, para tratar dos dois que ficaram por fazer, apesar de já conhecer grande parte deles.
a única coisa chata do dia foi uma dor de cabeça que me apareceu logo de manhã, e que foi aumentando de intensidade ao longo do dia. o sol e a claridade do dia não ajudaram nada e quando cheguei a casa, já não via nada pela frente. não me dava uma destas há bastante tempo.. fónix..
atirei-me para cima do sofá, pedi uma toalha molhada ao homem para por na testa e arrochei durante umas horas. quando acordei o pior já tinha passado mas mesmo assim ainda me chateou o resto da noite.
no domingo acordei um bocado zonza mas depois do pequeno-almoço a coisa compôs-se. mais tarde, e com o dia a pedir isso mesmo, resolvemos tirar as biclas do mofo e fomos dar ao pedal pelo quintal.
e pedalámos que nós fartámos - saímos de casa às três da tarde e regressámos às oito, completamente esfalfados. doía-me tudo e mais alguma coisa lol (segundo as contas do homem, andámos cerca de 19km, entre voltas e voltinhas). e mesmo assim, ainda arranjei força (e coragem) para me meter com limpezas..
a noite terminou comigo a dar a sentença de morte ao iphone 3G do marido. pedi-lhe roupa para lavar e não me apercebi que trazia "brinde" num dos bolsos. eu bem que tinha o feeling que ia haver água envolvida no falecimento do iphone.. só não foi o meu, nem aconteceu numa sanita LOL
fui-me deitar cheia de dores nos joelhos e hoje acordei toda entrevada.. a idade é uma coisa tramada :/
meanwhile, atingimos a meta das 200 caches. já nos tínhamos deixado esta vida, mas recentemente voltou, com o propósito inicial: servir de cenoura para tirar o cú de casa e meter-nos a andar.. não estou particularmente agradada com o cenário actual do geocaching, existem demasiadas caches e a grande maioria sem propósito nem brio na sua elaboração, parece que servem apenas para os números.. mas não vou gastar energia com o assunto, é uma causa perdida (e foi precisamente isso que provocou o nosso afastamento da actividade há uns anos atrás) :P