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lost in wonderland

lost in wonderland

4 down, DONE!!!

Julho 14, 2020

foi no dia 3 de janeiro, ainda muita gente andava a curar a ressaca da passagem de ano, que tive a primeira demonstração da bosta que este ano ia ser.

regressávamos do trabalho, quase, quaaase a chegar a casa. trazíamos um colega connosco, a quem damos boleia com muita frequência. também é daquelas almas que fica até às tantas no escritório, e acabamos por sair quase sempre juntos. como ele vem para os nossos lados, é um pequeno desvio que não nos importamos de fazer.

parei numa fila de trânsito, que desde há vários meses se gerava naquela zona, por causa dumas obras de santa engrácia, que nunca mais tinham fim. o homem e o colega conversavam animadamente, eu estava atenta ao fluxo do trânsito, mentalmente a esfregar as mãos por estar prestes a enfiar-me no pijama e passar o resto da noite a vegetar no sofá, quando a sensação mais surreal da minha vida acontece.

não é fácil meter aquele filme por palavras.. num momento estava tudo na maior das descontracções, noutro somos atravessados por uma força esmagadora, acompanhada dum estrondo ensurdecedor. lembro-me de ter sido projectada para a frente, de ser violentamente travada pelo cinto de segurança, e de não conseguir respirar durante vários segundos. os músculos devem-se ter contraído todos ao mesmo tempo, que corpo ficou tão rígido que era doloroso.

desorientada, olho para o homem, que estava em total estado a pânico, a perguntar o que tinha acontecido. estávamos os três completamente atordoados.. ninguém se apercebeu o que tinha acabado de acontecer, até que um de nós teve a clareza de notar que tínhamos tido um acidente.

nisto, apareceu-me uma pessoa ao lado, a bater no vidro. eu, cheia de tonturas, mais para lá do que para cá, baixo o vidro a ver o que ela quer. pergunta se estamos bem, e diz-me que lhe bati.

"bati?" oi.. como é que isso é possível? sempre que paro atrás de alguém na estrada, costumo deixar a uma distância generosa, tipo 2 ou 3 metros.. diz-me ainda que tentou arrancar mas que não foi a tempo. e eu ainda tava presa na primeira parte, "a sério que bati?" jura?

assim à vista desarmada, não tinha ferimentos, mas comecei a sentir uma dor intensa nos gémeos, e se já estava a ver tudo a andar à roda, senti-me a perder as forças, como quem vai desmaiar. o colega diz que é melhor sairmos do carro, não vá haver combustível espalhado e o cenário incendiar-se. saltamos os três para fora do carro como se tivesse transformado em lava naquele momento.

quando saí fora do carro e vi que tinha um camião porta-contentores enfiado na traseira do meu carro, pensei em voz alta "FODA-SE..... como é que estamos vivos, caralho??"

PUTA!

QUE!

PARIU!

se podia ter sido só um "beijinho", chapa amolgada e uns plásticos rachados, que o carro é tão alto que o outro nem aos faróis traseiros lhe chegava, podia.. mas não era a mesmo coisa... até porque pelos vistos, comigo as coisas nunca acontecem por menos. só levamos com algumas 15 toneladas pelas costas 😐

a traseira do carro simplesmente desapareceu. não sei como é que o colega que ia atrás não ficou feito num oito.. aliás, se calhar até sei, não tinha o cinto posto e vinha agarrado aos dois bancos da frente, porque se tivesse preso ao banco de trás, se calhar o resultado tinha sido outro.. mas que o habitáculo aguentou a colisão incrivelmente bem, não restam duvidas.

e de facto a matricula dianteira (a traseira estava dentro das entranhas do camião) estava rachada, por isso sim - bati no carro da frente. sabe lá o senhor que está no céu durante quantos metros fui arrastada com o embate.

[ele há coisas do demo.. por estas alturas, era para estar a publicar um post sobre o primeiro aniversário do meu bólide azul florescente, e o quanto gosto dele.. e em vez disso, tou a relatar o seu falecimento.. ]

o fulano que nos passou a ferro estava completamente - e quando digo completamente, digo COMPLETAMENTE histérico! parecia uma barata tonta, de um lado pro outro, numa estada de 3 faixas, com carros a passar de ambos dos lados, a berrar a sua triste sina aos deuses (porque aparentemente não foi a primeira vez que aquilo lhe aconteceu). amigue, se há aqui alguém que deva estar fodido com o universo, se calhar sou eu, não??

sempre imaginei que, no dia em que isto me acontecesse, ia sair do carro, a espumar-me toda de raiva e a gritar histericamente com a besta que me bateu, a chamar-lhe todos os nomes e mais alguns.. mas não.. estava perfeitamente calma.. zen quase!

ainda não havia seis meses que tinha o carro, mas estava zen. podia ter morrido ou ter ficado gravemente ferida, mas estava zen.. estava mazéra em choque, só podia!

bom, e agora? mékie? chamar a policia, chamar o reboque, assinar participações.. nisto passa por nós, uma das melhores pessoas que tenho na minha vida, que ao reparar no desgraçado do carro que tinha sido enrabado pelo camião, parou ali e ficou comigo até aquela provação acabar, ajudando naquilo que conseguia ❤️

não sei como, mas conseguimos sacar a tralha toda que tínhamos na mala - tipo, a mochila do homem com o portátil lá dentro, mais a minha mochila com os headphones novos, casacos, entre outras cenas, sem um arranhão.

entretanto o homem e o colega seguiram para o hospital ali perto. já eu, passei quase 3 horas ao frio e cheia de dores, a ter que tratar daquela cangalhada toda com a polícia e o reboque. o tipo do reboque, veio confirmar a quilometragem do carro comigo, não queria acreditar que ainda só tinha 7 mil km.. olha, somos dois!

duas faixas fechadas.. um trânsito medonho.. policia.. bombeiros.. reboques.. ca'puta de confusão.. 

no hospital, reparei que tinha um hematoma e uma raspadela na testa. olha que giro, não me lembro de ter batido com a cabeça em lado algum.. e por acaso até nem me estava a doer a cabeça. doía-me a cervical, a lombar, o peito, os gémeos das pernas, e a alma. a cabeça não. fiz TAC e tava tudo normal, assim como os vários RXs que fiz às outras partes. o médico que me atendeu era um porreiro, tantas PPMs (piadas por minuto) caneco!

cheguei a casa, enfiei-me finalmente no pijama e aterrei no sofá. era mais ou menos assim que tinha planeado acabar aquela noite.. excepto que mais cedo, sem o corpo todo dolorido, e com o carro na garagem.. 

tanto eu como o homem ficamos com dores horrorosas nos gémeos (ele custava a andar), que dias depois se transformaram em hematomas gigantes. já o colega não se queixou das pernas.. não percebíamos o motivo disto, até que me meti a ver vídeos de crash tests e descobri: levamos com o ferro de ajuste da posição do banco. ouch!

por três vezes já tive muito perto de bater a bota. quando levei com o taco de basebol na cara, uns centímetros mais a cima e não sei se estava cá hoje... quando estava prestes a me afogar numa praia deserta, se não fosse a minha irmã ter conseguido safar-se e ter-me jogado a mão.. e naquele dia, se o fulano tivesse demorado mais uns segundos a aperceber-se que o trânsito estava parado, e me tivesse batido com mais velocidade. é uma sensação de merda, quando nos apercebemos o quão fácil é ir desta para melhor, não recomendo.

...e a puta da burocracia para resolver um imbróglio destes? ZOMG!!

depois.. covid cenas, tudo aterrado, serviços administrativos estatais (e não só) que em plena pandemia não aceitam documentos nem assinaturas digitais, e foi preciso esperar por cartas, imprimir documentos para assinar, demoras para cá, demoras para lá, só em junho é que dei esta salganhada finalmente por terminada.

a minha seguradora portou-se TÃO MAL, mas TÃO MAL, que jurei nunca mais fazer seguro algum com eles. e adivinhem em qual é que fiz o seguro novo? na do culpado (como era para ter sido logo desde o inicio) lol!

mas nem tudo é mau, vá! carro novo, modelo actualizado de fresco, com umas melhorias bastante simpáticas. embora ainda tivesse que largar uns euros valentes para cobrir a diferença entre a indemnização da seguradora e o valor ligeiramente mais alto do carro. mas nota 20 para o pessoal da toyota, foram impecáveis, esperei menos de duas semanas pelo carro e consegui negociar as mesmas condições de crédito que tinha.

cabrão do universo, que não me deixou chegar aos 20 anos de encartada sem um acidente no cadastro 😡

3 DOWN, 1 to go!!!

Maio 19, 2020

quase, QUASE a dar a odisseia dos assuntos cabeludos por terminada. já lhe consigo ver o fim, FFFUUUUUU!

para estabelecer o compasso temporal deste episódio, importa referir que aconteceu num fim-de-semana em meados de novembro passado - já lá vão seis meses...

a nossa vida é uma balbúrdia tão grande, que às tantas cai no ridículo.. a sério!

tão gastamos o sábado todo a tratar de merdas, a ver se tínhamos o domingo completamente livre, que eu tinha posts para escrever e mails pa responder, e queria estar nas calmas.

isa: "ahh, tão fixe, temos o domingo todo livre"
universo: "hold my beer!"

por volta das seis da tarde, íamos a sair de casa, quando o homem assim que fecha a porta, diz

"...UPS!!!!"

a chave tinha ficado na fechadura... do lado de dentro...

ok.. don't panic!! não faltam chaves sobresselentes cá fora. vou ao carro buscar a minha. pode ser que a chave esteja direita na fechadura, e consigamos abrir a porta.

quando vivíamos em almada isto era o prato do dia, não faltam episódios de termos ficado fechados do lado de fora, e ter que pedir ao vizinho para deixar saltar a varanda. em lisboa nunca tinha acontecido, porque o canhão tinha - aprendemos nós às custas deste infeliz episódio - uma protecção, para evitar que acontecessem estas situações. só que uns meses antes, o homem trocou o canhão por outro mais xpto, com chaves anti-cópia e whatnot.. e quando lhe venderam o canhão novo, aparentemente esqueceram-se de mencionar esse pequeno "detalhe", e que existia outra versão do mesmo com a tal protecção.

porque já tínhamos testado, sabíamos perfeitamente que com a chave do lado de dentro, só conseguimos abrir a fechadura se a chave estivesse direita. um bocadinho de esguelha e já foste!!

foi o caso..

o homem deu uns safanões valentes na porta, com a chave metida, a ver se a chave do outro lado se mexia e nada.. andei a dar-lhe cabo da cabeça para arranjarmos uma fechadura biométrica toda croma, mas ele não quis saber de modernices de segurança duvidosa muhahahah agora se calhar tinha dado jeito, não? 😬

plano B

ok, vamos tentar abrir a porta recorrendo a certos e determinados truques, que envolvem cartões e cenas. pelo menos nos filmes costuma funcionar em segundos. meia-hora depois, todo suado e com os dedos descascados devido à violência infligida na porta, o homem dá-se por vencido e desiste.

plano C

telefonar ao piquete da empresa onde compramos o canhão. que nem demorou muito a aparecer, mas mal entrou no prédio, começou logo a ver a vida a andar para trás... a dele e a nossa!

"pois, se for igual a uma situação que já tivemos aqui, vai-lhe sair caro" (as in porta nova caro)... FFFFFFOOOOOODASSSSSSE!!!!

ele bem tentou, e nada. tal não é a espécie, que mesmo só no trinco, NÃO! ABRE! só escavacando porta... o piquete foi-se embora sem ter conseguido fazer o serviço, e sem cobrar nada. menos mal.

plano D

partir o vidro mais pequeno de uma das janelas. mas.. não podia ser o homem a fazer isso, não fosse alguém topar a cena e chamar a polícia, e o homem ir parar à esquadra. não era assim que eu planeava acabar aquele fim-de-semana.

siga falar com os bombeiros. os bombeiros estavam confiantes que iam conseguir abrir a porta sem problemas nenhuns... já nós, não estávamos tão confiantes.. mas vá, siga que tá-se a fazer tarde.

os bombeiros não tardaram muito a chegar. o problema foi terem que esperar pela PSP, para testemunhar a abertura da porta. ainda tentaram pedir autorização para avançar, mas sem policia no local, nada feito.

nesta altura o nosso vizinho do lado já estava em casa, e confirmava o pior dos nossos receios, ia ser praticamente impossível enganar aquela fechadura..

uma hora depois, eis que a PSP aparece. a acção podia finalmente começar!

dois bombeiros latagões a violentar a nossa pobre porta... eu e o homem tivemos que ficar de costas voltadas, porque não podíamos aprender os métodos usados pelos bombeiros.. que suponho não serem muito diferentes daqueles que o piquete das chaves nos tinha demonstrado horas antes 🤷‍♀️

como eles já sabiam que não queríamos a porta arrombada, não tardamos muito a ouvir "olhe, vamos seguir com o plano b" i.e entrar por uma janela...

😭😭😭 um minuto de silêncio pela minha janela. cabrão do mercúrio retrogrado!

eu, que estava no interior do prédio, até me doía a alma com as porradas que os bombeiros tavam a dar no vidro, e aquela merda não havia maneira de partir. ecoava pela rua e sentia-se no prédio todo. pelos vistos, até os vidros são filhasdaputa..

10 minutos depois, entrei finalmente em casa. parecia um cenário de guerra..also, a primeira coisa que os bombeiros mal viram ao entrar, foi o estendal com a nossa roupa interior toda estendida.. oh gawd... 😖

e agora limpar esta merda toda... chão da cozinha estava coberto de vidros. não sei como é que as gatas não se cortaram.. deu uma trabalheira danada limpar aquele estrago todo. 

casa finalmente limpa, e janela isolada para não entrar frio nem vidros, nem as gatas irem para lá meter o bedelho. era quase meia noite.. PQP, lá se foi o meu domingo sem fazer a ponta dum corno 😫

agora vem a parte em que eu me vejo obrigada a concordar com os comentadores de bancada — ninguém gosta de trabalhar neste pais! é a única explicação para o tempo que demoramos até a janela voltar a ficar funcional.

ao fim de uma semana, e com vários contactos feitos para orçamentar a substituição do vidro, e nada.. radio silence. tornamos a contactar. uns afinal não faziam aquele tipo de serviços, outros não trabalhavam com aquele tipo de vidro, outros ficaram de enviar orçamentos que nunca chegaram.

passa-se uma.. duas semanas... sem novidades. dezembro é aquele mês que fica a meio gás e ninguém dá resposta. janeiro.. bom, janeiro foi para esquecer.. em fevereiro o homem retoma os contactos, e dispara mails para todas as vidreiras do país que trabalham com aquele tipo de vidro. teve UMA resposta. é que nem nos armamos em esquisitos. só que até mandarem alguém cá a casa, tirar as medidas ainda demorou umas semanas. depois mais umas semanas para mandarem o orçamento. sinalizamos o serviço, com previsão para dali um mês. entretanto, mete-se o coronapocalypse... OPÁ!! 

hoje, vieram finalmente instalar o vidro. já posso abrir a janela outra vez, YAY!

ao menos esta salganhada toda serviu para me deixar mais descansada da vida. mais rápido chega cá a policia do que conseguem meter o nariz dentro de casa. é preciso fazer a puta dum estradalhaço...

por fim, coisas que eu gostava de ter sabido - e podia ter sabido, se lesse com atenção as merdas que assino,

temos dois seguros que prestam assistência ao lar, e que têm especificamente um serviço de abertura de portas. em tendo isto na apólice, a primeira coisa de deviamos ter feito, era telefonar para a assistência, para ser o seguro a abrir a porta e/ou acartar com as despesas que resultassem disso.

como só nos lembramos do seguro depois do estrago feito, quando tentamos activar a apólice para cobrir os danos, eles responderam que nada feito, porque é considerado uma quebra voluntária. esquece lá que tenho provas da polícia e dos bombeiros como não foi, eles não querem saber. puxa da carteira e não bufes!

bom.. e com isto, acabaram-se-me as desculpas para não lavar os vidros 😔

2 DOWN, 2 to go!!!

Março 29, 2020

vá, este era o assunto cabeludo menos chato - de resolver! porque até pode não ter roubado horas de sono, mas obrigou-nos a ter que voltar a aspirar a casa como uns selvagens, com o aspirador trambolho. e se esta coisa de ter dois gatinhos a largar pêlo e pedras por todo o lado, mais o nosso próprio pêlo, já produz uma quantidade diária de cotão que assusta, agora que estarmos 24/7 em casa, temos ter que aspirar quase todos os dias. é bué chato!

tão ao segundo dia de fevereiro - aquele que é por tradição o mês mais merdoso do ano (se bem que este ano estão todos a ser excepcionais no departamento do cocó), com uma tendência peculiar de ser um mês em que há sempre qualquer aparelho que se avaria - mandei o aspirador-robô aspirar a casa.

normalmente mando o robô aspirar quando não estou em casa, para não ouvi-lo. mas nesse domingo, *por acaso* estávamos em casa quando o meti a aspirar.

passados dois ou três minutos, começou a fazer um barulho esquisito.. parecia que estava a trabalhar em esforço, como se estivesse engasgado ou enrolado em qualquer coisa, o que não é de estranhar por causa dos gatos, que espalham tudo e mais alguma coisa pela casa, tipo elásticos de cabelo e outras porcarias que arranjam para brincar. o homem vai ao quarto (a doca do robô tá no quarto) ver o que se passa, e quando lá chega, queixa-se que tá alta pivete a queimado. desligou o robô com receio que aquilo ainda pegasse fogo, e teve que abrir a janela para arejar o quarto. quando ao robô, parecia estar tudo normal. passado uns minutos, voltou a ligá-lo, apenas para resultar no mesmo barulho e no mesmo cheiro a queimado. deve ter alguma presa nalguma roda ou assim, pensou o homem. e foi desmontar o bicho, para limpá-lo.

desmontar o robô, limpar as pecinhas todas e voltar a montar, ainda é coisa para dar um certo trabalho e demorar um par de horas... para descobrir, quando o ligou novamente, que continuava na mesma.. oh well..

ele acha que eu estou a exagerar quando digo que foi uma granda sorte estarmos em casa, porque se o robô começava a borrar-se todo e a cheirar a queimado praí com dois minutos de funcionamento, quem é que me garante que aquilo não se incendiava? consigo imaginar perfeitamente o cenário na minha cabeça, o robô em chamas, quando estivesse a aspirar debaixo da cama... 🔥🔥🔥 ok, provavelmente havia de parar antes de chegar a isso.. mas estavamos em fevereiro. e janeiro já tinha sido filhodaputa qb.

ora bem, o robô tem pouco mais de um ano, e apesar de trabalhar praticamente todos os dias, santa paciência - ainda é demasiado novo para ir conhecer o criador. ainda tem muitos km de casa para aspirar… a parte chata é que tendo sido comprado online, tínhamos que partir para o ping-pong com suporte, explicar o que se passa, esperar pela resposta, fazer as manobras de despiste que eles pedem (tipo, limpar o filtro, yada yada). mas o homem acelerou as coisas, quando à segunda interacção com o suporte, mandou um vídeo que demonstrava o problema na sua plenitude.

e porque ainda estava na garantia, o suporte mandou-o falar com o vendedor, para lhe mandar a peça suspeita de estar avariada - o motor. só que tal peça estava esgotada no vendedor (ie, na europa). então teve que vir da china… que estava em pleno surto epidémico do coronavirus. levou pouco mais de duas semanas a chegar cá, já estávamos nós em isolamento.

robotrock

robô desmontado, motor novo instalado (é aquela pecinha que está entre os dedos do homem), robô montado... eis que chega a hora da verdade... liga... actualiza firmware (porque a nossa realidade agora é esta, ter que actualizar firmwares antes de podermos utilizar as coisas 😑)... inicia limpeza... e... e... ESTÁ A FUNCIONAR BEM, CRL!!!

o chão vai voltar a aparecer limpo apenas com um toque de um dedo YAY adoro o bicho, tava cheia de saudades dele 😍

bónus: o motor novo é um bocadinho mais silencioso!

1 DOWN, 3 to go!!!

Março 06, 2020

YAY  🎉🎉🎉

não sei se estão lembrades da adenda que fiz no post onde falei sobre o meu primeiro furo, numa autoestrada algures na catalunha - e que por acaso até acabou por ser uma experiência bastante fixe.

menos fixe foi, passado umas semanas, a "surpresa" que recebi pelo correio... 

na altura disse que ia fazer um heads-up assim que estivesse resolvido, porque achei (e continuo a achar) que é algo importante (para aquela, e para outras situações semelhantes). quatro meses, muitos telefonemas e reclamações depois, aqui está ele!

resumindo, tivemos um furo em espanha, e porque não dava para trocar ou reparar o pneu, tive que ligar para a assistência em viagem. e para tal, usei o número que me indicaram na agência, que estava disponível 24h/dia e era gratuito.

para resolver a situação, passei cerca de 50 minutos ao telefone com a assistência, divididos entre 4 chamadas. na altura fiquei com receio que tivesse que vir a pagar qualquer coisa pelas chamadas, uma vez que estava em roaming... mas não tinha outro remédio.

passam-se 3 ou 4 semanas, e eis que chega a esperada cartinha do operador (que não interessa dizer qual é, pode acontecer parecido com qualquer um deles). o homem vai a abrir a carta, e quase que tem um fanico...

não eram 5€... nem 10€... nem 15€... nem 50€...

eram 300€...

a sério que estão mesmo a tentar cobrar-me 300 EUROS (mais qualquercoisinha) pelas chamadas que fiz para um número gratuito? dizer que isto me caiu mal c'mó caralho é estar a ser simpática... fiquei rábida!!! 

não perdi tempo nenhum a ir à procura do motivo daquela diarreia. enquanto eu descobria que aquelas chamadas me foram cobradas como se tivesse ligado para um número de valor acrescentado (tipo as linha de concursos ou pornochachada), que em roaming tem um custo de €6,15 por minuto, o homem descobria que, de facto, em espanha, os números começados por 80 ou 90 são de valor acrescentado.. EXCEPTO os começados por 800 e 900, que são gratuitos para quem liga, e pagos pela empresa que contratou o número em questão.

ora, perante esta informação, É LÓGICO que não ia pagar aquela factura.. além disso, ondé que já se viu um operador, taxar um número de assistência como se fosse de valor acrescentado? 

telefonei para a linha de apoio, para expor a situação, e perguntar qual era o procedimento para reclamar daquela factura. indicaram-me um endereço de email para onde podia enviar uma reclamação. e uma reclamação eu fiz, bastante clara e informada, indicando as informações que dispunha, e explicando de forma assertiva e cortês, porque é que recusava pagar aquele valor. ainda perdi umas horas valentes a lamber regulamentos, leis, minutas, e whatnot, para sair uma coisa com pés e cabeça.

passados alguns dias, recebo um telefonema do operador em resposta à reclamação. informaram-me que não era possível fazer nada sobre aquele valor. não interessava a natureza da chamada, tinha que pagar e pronto. caso contrário, ser-me-ia cortado o serviço por falta de pagamento.

ai pagas, pagas.. tão não pagas??

eis que em dezembro, o serviço foi cortado. CLARO que fui logo a correr trocar de operador.. foda-se, muita distância de uma empresa que me tenta roubar de uma forma tão abjecta.

entretanto, quis descobrir se este operador também me iria cobrar aquele valor ridículo, caso voltasse a ligar para números gratuitos em roaming. a resposta que obtive foi que não, que seria taxado como uma chamada normal em roaming. ora, isto só veio reafirmar a minha decisão, de que nem morta se havia de pagar aquela factura.

comecei a pensar nos próximos passos, mas entretanto meteu-se o natal, depois meteu-se a passagem-de-ano, depois meteu-se uma puta duma salganhada que ainda está a ser resolvida. só em fevereiro é que voltei a pegar no assunto.

fiz uma chamada para um departamento, e foram-me passando de departamento em departamento até chegar a um operador bastante prestável, que perante a situação, aquilo que já tinha feito, e as minhas questões sobre como proceder, explicou-me que o melhor que tinha a fazer era passar numa loja, e escrever uma reclamação no livro de reclamações. ou então fazê-lo online. ainda perguntei se deveria contactar primeiro a provedoria do cliente (que em tantas situações nos tem safado), mas ele disse que não valia a pena, para usar logo o livro de reclamações.

e eu agradeci a ajuda preciosa, e desliguei a chamada, e fui escrever mais uma reclamação. usei a primeira como base, mas mudei-lhe o tom ligeiramente, de forma a demonstrar o meu desagrado com aquela situação. posso ter utilizado palavras como "exortação", "má-fé" ou "práticas obscuras", mas sem nunca perder a cortesia. este detalhe é por demais importante.

submeti-a no livro de reclamações online, juntamente com uma cópia da factura do operador, e da factura da rent-a-car onde vinha escrito à mão (pela funcionária), o número para onde deveria ligar caso necessitasse de assistência.

enquanto passavam e não passavam os 15 dias úteis, que é o prazo que a entidade reclamada tem responder, fui vendo como é que podia escalar a coisa, caso a reclamação falhasse. tinha o centro de arbitragem de conflitos de consumo de lisboa, ou os julgados da paz, cujas decisões são legalmente equiparadas às proferidas pelos tribunais de 1ª instância. fora isso, só avançado para tribunal. e aqui entre nós, por uma questão de principio, estava disposta a pagar uma pipa de massa, só para os gajos não levarem a melhor.

mas não foi preciso.

ao 16º dia, quando me preparava para contactar a ANACOM, para saber como proceder, uma vez que ainda não tinha recebido resposta à reclamação por parte do operador - eis que recebo um telefonema da provedoria do cliente, a informar-me que o valor daquela factura iria ser anulado, e que não tenho nada a pagar.

PIMBAS!!!

foi a primeira vez que usei o livro de reclamações... e resultou, cacete!!!

fica a dica. malta, exerçam sempre vossos direitos enquanto consumidores, não se deixem comer por parves. se tiverem razão, por mais trabalho que dê e paciência que precise, a coisa resolve-se a bem, e sem grandes chatices ou custos.

para terminar, um bocadinho de serviço público.

convém fazer as coisas por uma certa ordem. para o caso dos operadores de comunicações, a ANACOM aconselha os seguintes passos:

1. contactar o operador, e tentar resolver a situação;

2. se o operador não resolver a questão, ou se não ficarmos satisfeitos com a solução, fazer uma reclamação por escrito no livro de reclamações, numa loja do operador, ou online;

3. se o problema continuar, recorrer a um centro de arbitragem de conflitos de consumo (gratuito para pessoas singulares) ou a um julgado de paz, que vai decidir quem tem razão. estas duas entidades têm o mesmo valor de uma sentença judicial.

muito importante, tratar os operadores dos call centers, gestores, e demais pessoas com quem falamos ao telefone (ou por escrito) sempre com respeito e cortesia. às vezes consegue ser muito complicado, mas a pessoa do outro lado da linha não tem culpa pelas políticas ou serviço fornecido pela empresa que está a representar, está meramente a passar informação. se se tratar de incompetência, pedir para falar com outra pessoa, ou ligar noutra altura. além disso, as chamadas agora são todas gravadas, e aquilo que dissermos pode vir a ser usado contra nosso favor ]

links úteis:

direcção-geral do consumidor

o que deve o consumidor fazer para tentar resolver um conflito de consumo?

lista de entidades de resolução alternativa de conflitos

centro nacional de informação e arbitragem de conflitos de consumo

centro de arbitragem de conflitos de consumo de lisboa, do porto, do algarve

centros de informação autárquicos ao consumidor

conselho dos julgados de paz

🤞

PQP

Fevereiro 27, 2020

a parte realmente chata de ser adulto, não é ter contas para pagar, ou ter que ir trabalhar quando não nos apetece sair da cama.. é levar com as cagadelas que a vida nos atira, ainda ca'gente ande sempre com pezinhos de lã, para fugir às chatices.

ando, desde há várias semanas (meses nalguns casos) a braços com quatro assuntos cabeludos. QUATRO!!! se qualquer um deles deles (ou pelo menos três deles, vá!) é suficiente para me roubar horas de sono, imagine-se quatro!

🖕😠🖕

quando finalmente me ver livre desta trampalhada toda, vão vir resmas de posts.. já diziam os antigos, não há fome que não dê em fartura.

'Le me

tem idade suficiente para ter juízo, embora nem sempre pareça. algarvia desertora, plantou-se algures na capital, e vive há uma eternidade com um gajo que conheceu pelo mIRC.

no início da vida adulta foi possuída pelo espírito da internet e entregou-lhe o corpo a alma de mão beijada. é geek até à raiz do último cabelo e orgulha-se disso.

offline gosta muito de passear por aí, tirar fotografias, ver séries e filmes, e (sempre que a preguiça não a impede) gosta praticar exercício físico.

mantém uma pequena bucket list de coisas que gostava de fazer nos entretantos.

'Le liwl

era uma vez um blog cor-de-rosa que nasceu na manhã de 16 de janeiro, no longínquo ano de 2003, numa altura em que os blogs eram apenas registos pessoais, sem pretensões de coisa alguma. e assim se tem mantido.

muitas são as fases pelas quais tem passado, ao sabor dos humores da sua autora. para os mais curiosos, aqui ficam screenshots das versões anteriores:
#12   #11   #10   #9   #8   #6   #5   #4

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