Summer of 16 // rotinas
Setembro 25, 2016
queira-se ou não, até em férias, arranjamos rotinas. mesmo que sejam daquele tipo de férias descontraídas e sem horários, damos por nós a repetir os mesmos passos, dia após dia.
acordar, carregar os telemóveis enquanto os rituais de higiene matinais decorriam nas calmas, lavar uma ou outra peça de roupa (se não o tivéssemos feito na noite anterior), depois ajeitar a tralha na tenda (lá porque estamos de férias, não é desculpa para nos transformarmos em selvagens), pegar na bagagem de praia, seguir para a praia, tomar o pequeno-almoço pelo caminho. vir da praia, jantar pelo caminho, meter as coisas à tenda, dar uma voltinha pela areia ainda morna da praia, debaixo de céu estrelado, ir até ao cais de embarque conquistar o ginásio, ou ver o frenesim da malta à pesca, ou simplesmente curtir as conversas dos locais (são sempre muito animadas), voltar ao parque, tomar banho, ler um bocadinho antes de dormir. a primeira semana foi basicamente isto.
já na segunda, íamos quase sempre à noite para a confusão de tavira. e descobrirmos que havia wifi aberto no parque, foi altamente fixe para meter (e manter) as séries em dia :D
o tasco de praia onde tomávamos o pequeno-almoço e faziamos a bucha da tarde também tinha as suas rotinas. por exemplo, ter a mesma playlist do spotify a tocar dias a fio. proporcionou-nos vários momentos tipo groundhog day. o mesmo ambiente, a mesma música, as mesmas caras, a mesma refeição. parecia que estávamos presos sempre no mesmo dia, a revivê-lo over and over. os meus ouvidos acabaram as férias a vomitar os êxitos de verão pimbalhões.
para além de nadar, mergulhar, flutuar, ler, dormir, caminhar, fotografar, apanhar conchas também dedicamos algum tempo de praia a analisar as rotinas dos mirones. eles tem-nas muito bem definidas, e ao fim de dois dias no mesmo sítio, eram tão nítidas como a água do mar.
topar o padrão do comportamento de um mirone dá jeito. quer para não assentar arraiais perto no seu território, como para evitar cruzarmo-nos com ele numa das suas rondas intermináveis. já no extremo direito do barril onde os há a pontapé por causa da praia naturista, é mais complicado. a pontos de termos receio de ir caminhar pela praia deserta fora, que eles vêm logo no nosso enlace. rebarbados mais filhosdaputa, que não deixam ninguém estar em paz naquela parte da ilha :P
to be continued...