España // Sa Calobra y Alcúdia
Novembro 20, 2018
desta vez só não ficamos com mais pena de deixar aquele paraíso porque nas manhãs acordávamos com o barulho das obras de mais uma mansão de pedra, ali nas redondezas. não é lá muito fixe.
mas antes de nos fazermos à estrada, ainda estivemos na galhofa com a dona antónia. a senhora tem sempre histórias do arco da velha para contar, de cenas com a malta que lá pernoita (e às vezes acaba por não pernoitar), e escangalha-se a rir enquanto as contas. nós achamos piada e ainda puxamos mais por ela. é esta descontracção genuína que adoramos nos espanhóis.
fiquei espantada, quando ela a contar sobre uns hóspedes espanhóis que pelos vistos não se calaram a noite toda, usou a expressão "teca teca teca teca".. pensava que isso era uma cena tuga. pelos vistos não é muhahahah tão bom!
neste dia percebemos porque é que não há muitos turistas em deià. aquilo não tem sitio para estacionar, ponto! e paga-se taxa para levantar guito no multibanco, que filhaputice :P
dissemos adeus à adorável vila de deià, e seguimos para este, visitar os sítios que ficaram para trás no ano passado.
depois de muitas curvas e contra-curvas pela espectacular estrada de montanha, eis que finalmente surge a indicação para o primeiro destino do dia, sa calobra.
estrada até lá é brutal! é uma serpentina do inicio ao fim, curvas super apertadas, estreita, com um declive que dá vertigens (desce 800m em 12km), e com um tráfego de autocarros de excursão completamente insano. não é tão assustadora como a estrada para o cabo de formentor (que tem muito menos visibilidade), mas mete a adrenalina a bombar igualmente.
não perdi tempo a tirar fotos, mas encontrei nas interwebs este belíssimo exemplo. não consegui identificar o autor, mas estou-lhe muito agradecida!
a-d-o-r-e-i!!!
lá embaixo, o único parque de estacionamento custava 5 cêntimos ao minuto... EEEEEK!! comecei a fazer contas... 3€ à hora.. ok, vamos tentar não ficar aqui muito tempo, que isto é mais caro que deixar o carro no estacionamento dos restauradores. bom, ao menos deu para sacar umas piadas fixes:
"homem, o teu OCD em deixar a mala do carro arrumada ja nos custou 25 cêntimos!!"
ficamos lá cerca de duas horas, só chegar e voltar do anfiteatro natural onde termina o torrent de pareis da custa quase 2€, não é brincadeira. o acesso a este local faz-se por grutas, também bastante congestionadas naquela altura do ano.
bem, aquilo é bonito e é de louvar o esforço daquela malta para conseguir preservar aquele santuário natural, apesar das hordas de turistas que lá vão todos os dias. mas para praia não é grande coisa.. cascalho em vez de areia, e o acesso ao mar faz-se por uma garganta estreita bastante concorrida. a água é de um azulão incrível, mas infelizmente estava super badalhoca.. ainda fiz umas tentativas de ir ao banho, mas aquelas manchas de porcaria (pastos misturados com lixo) tavam-me a meter um certo nojo..
e como estava um calor brutal, só queria era estar à sobra, por isso, volto a agradecer ao estranho que tirou esta espectacular foto (eu não teria tirado melhor) lá do sítio,
bom, podia ser que no destino seguinte, a praia de formentor, a água tivesse mais limpinha.
quase duas horas depois, chegávamos finalmente lá. a praia de formentor parece as praias da arrábida, serra por ali abaixo, com um bocadinho de areia na orla, só que a água tem uma temperatura decente.. quer dizer, podia estar um bocadinho mais quente que não lhe ficava mal. mas aquelas semelhanças todas estava a causar-nos uma certa dissonância cognitiva lol e também estava apinhada, como a praia dos coelhos em agosto.
também o comodismo ali sai caro: o parque mais próximo da praia custava 5 cêntimos ao minuto. havia outro que estava praticamente dentro da praia e custava 7 :P
como a tarde estava bonita, acabamos a tarde a lavar as vistas no imponente miradouro de es colomer.
e dali fomos conhecer o alojamento número dois, num pequeno hotel de charme, no centro histórico de alcúdia. o quarto era fixe, o tinha um wc enorme, e vista para um pequeno pátio cheio de plantas.
nessa noite tava-me a apetecer italiano, então seguimos a dica do host do hotel, e comemos uma pasta deliciosa. depois do jantar demos um longo passeio pelo centro histórico, e quando começou tudo a ficar deserto, regressamos à base. aquilo ali é super calmo, nota-se que é zona procurada essencialmente por famílias, e a partir da meia noite, morre completamente.
e foi então que o nosso quarto de charme perdeu o charme todo - o homem atravessou-se à frente de uma barata.. enorme!! PQP, tão e matar aquilo? blargh...