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lost in wonderland

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A biópsia

Maio 10, 2019

o cúmulo de uma ideia de merda: meter-nos a ler sobre macro biópsias assistidas por vácuo orientadas por estereotaxia, quando temos uma agendada para fazer...

OMFG, vou passar meia hora, MEIA HORA!!! prensada na cabrona da máquina, enquanto uma agulha grossíssima me escarafuncha o interior da mama, comigo acordada. PUTA QUE PARIU!!!

eu e a minha curiosidade mania de querer estar sempre preparada para o que me espera.. e por azar, são as pessoas que têm más experiências, que normalmente as relatam. e li muita coisa que não achei piadinha nenhuma. e se uma pessoa já anda uma pilha de nervos, fica em total estado de calamidade...

não vale a pena esconder.. estava completamente aterrorizada quando entrei no gabinete da mamografia, onde ia fazer a biópsia, logo às 7h45 da manhã, para começar bem o dia. tremia violentamente e de forma incontrolável, apesar de estar a fazer os impossíveis para descontrair. não havia como fugir, aquilo tinha que ser feito, mais valia aceitar de uma vez por todas e deixar de me preocupar. até estava a fazer piadas com a situação, mas definitivamente não era eu que estava no controlo do meu próprio corpo.

o procedimento até é relativamente simples. a pele é desinfectada, aplicam anestesia local, ajudam-nos a deitar de lado numa marquesa, estrategicamente posicionadas junto ao mamógrafo, onde vamos ficar caçadas durante o posicionamento da sonda e a recolha de amostras. e fiz a única coisa que podia fazer, preparei-me para o pior lol cerrei os olhos, e assim fiquei durante o procedimento todo.

assim que aquilo começou a apertar, eu já não sentia nada. nem notei a incisão para o agulhão entrar, ou o agulhão a entrar sequer. a médica avisou-me que ia ouvir uns disparos, para não me assustar. 

continuava a tremer como se estivessem -20ºC na sala, volta e meia a médica pedia-me para tentar ficar o mais imóvel possível, para a sonda não falhar o local. tinha que fazer um esforço sobre-humano para impedir o corpo de sacudir. a técnica que levou o cagaço do meu desmaio na semana anterior, estava de olho em mim que nem um falcão, sempre a certificar-se que eu estava acordada.

não achei a posição tão desconfortável como estava à espera, e não me incomodou por aí além do tempo que passei entalada na máquina. estava sempre à espera de sentir dor ou quem sabe, umas picadinhas, mas... nada! e se eu sou caguinchas com estas coisas. a única coisa que senti foi uma leve pressão no interior da mama, quando a sonda andava lá a fazer o trabalho dela. tanto medo, tanto terror, e vai-se a ver, aquilo não custou absolutamente nada.. não vou dizer que é uma coisa agradável de se fazer, mas para mim, arrancar um dente é bem pior. até me senti envergonhada das figuras que fiz.. enfim..

fui-me vestir e quando voltei ao gabinete, reparei na sonda ensanguentada, e nas técnicas muito atarefadas a preparar as amostras (pareciam pedaços de bacon muhahaah).. fiquei surpreendida por não me ter sentido mal lol

aqui tive a primeira realização da tecnologia brutal que os médicos têm ao dispor para o diagnóstico e tratamento desta maleita. fiquei impressionada com o equipamento da biopsia. é assim pró genial. o médico tira duas mamografias de referência, e a partir delas, diz à sonda onde ir picar. e a sonda faz o trabalho todo. no fim, enfiam por lá o clip para marcar o local biopsiado. e tá feito!

aproveitei para levantar o exame da semana anterior. o relatório concluía com BI-RADS 4b... 15 a 50% de probabilidade de malignidade. não são más notícias.. mas também não são boas..

2 comentários

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    Isa 10.05.2019

    Correu tudo muito bem 😉
    Obrigada 😘
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    tem idade suficiente para ter juízo, embora nem sempre pareça. algarvia desertora, plantou-se algures na capital, e vive há uma eternidade com um gajo que conheceu pelo mIRC.

    no início da vida adulta foi possuída pelo espírito da internet e entregou-lhe o corpo a alma de mão beijada. é geek até à raiz do último cabelo e orgulha-se disso.

    offline gosta muito de passear por aí, tirar fotografias, ver séries e filmes, e (sempre que a preguiça não a impede) gosta praticar exercício físico.

    mantém uma pequena bucket list de coisas que gostava de fazer nos entretantos.

    'Le liwl

    era uma vez um blog cor-de-rosa que nasceu na manhã de 16 de janeiro, no longínquo ano de 2003, numa altura em que os blogs eram apenas registos pessoais, sem pretensões de coisa alguma. e assim se tem mantido.

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