Depois da "tempestade"...
Novembro 24, 2011
ter que viajar, de uma hora para a outra, para um país que não conhecemos é uma experiência (no minimo) interessante.
primeiro porque raramente saímos aqui do "quintal", com a excepção de duas idas a espanha (abastecer junto da fronteira não conta) e uma à republica dominicana. o marido já foi ao uk, mas loooooong time ago (por isso também não conta lol)
segundo porque não estávamos minimamente preparados para tal. não sabíamos praticamente nada a respeito do país (apenas o que toda a gente sabe diques, canais, tulipas, cogumelos, coffeeshops, red light, etc).
normalmente antes de ir para algum lado, perco horas a pesquisar, a informar-me de onde ir, o que fazer, de como são as pessoas, as regras, os hábitos, comida, transportes, etc etc.. desta vez, íamos à deriva, sem saber ao certo o que nos esperava do outro lado da europa.
menos mal que conseguimos ficar em casa de pessoal cá da terra. ajuda bastante!
mas, continuando..
tocamos no solo por volta das 23:30, hora local (no meu iphone eram 22:30 - odeio timezones!!).
o aeroporto de schiphol é tão grande (um dos 5 maiores na europa) que o avião andou alguns 15 minutos a passear-se pela pista, antes de acoplar no edifício.
a malta começa toda a levantar-se e a enrolar longos cachecóis ao pescoço, a encasacar-se e a tirar gorros e luvas das malas. parecia que tínhamos acabado de aterrar no polo norte.
eu também vesti o meu casaco da neve, mas depois descobri que não havia necessidade, o aeroporto tava quentinho.
mal tirei o iphone de modo de voo começaram logo a saltar avisos chamadas perdidas. é que isto de uma pessoa não avisar ninguém que vai pro estrangeiro (apenas um status no facebook) é coisa para deixar algumas pessoas preocupadas lol
também tinha uma do nosso anfitrião, o sô rolo, que quis saber se já estávamos em terra firme e relembrar-nos do que tínhamos que fazer para chegar até haarlem, a nossa morada para o resto da semana.
como salada não puxa carroça e lowcosts não dão freebies a bordo, tava a morrer de fome. olhamos em redor e spotamos um starbucks. mesmo a calhar!
à meia-noite e vinte apanhamos o autocarro para haarlem. nem foi preciso esperar, apareceu logo. tivemos aqui o primeiro contacto com os fabulosos transportes públicos holandeses, que nos deixaram com um certo desprezo pelos nossos..
perto da uma da manhã tínhamos chegado ao nosso destino, e se não fosse o roaming ter falhado e as minhas sms ficarem por receber, tinha corrido tudo como planeado. mas não sofremos muito, tava frio mas suportava-se bem.
durante os três primeiros dias praticamente não saí à rua, apenas duas ou três horitas por dia. o frio é coisa que não me assiste e as casas lá são quentinhas e agradáveis (fiquei fã de aquecimento central), e tinha trabalho para fazer.
o marido saía às 8.30 e voltava por volta das seis, já noite cerrada. a vantagem em estar com outras pessoas é que não passei dias inteiros sozinha à espera que hóme voltasse. assim ainda fiz umas passeatas guiadas pela cidade, enquanto aprendia sobre a terra e os costumes daquele povo de gigantes. bem fixe!
os dias também me faziam uma certa confusão. por estarmos mais acima no hemisfério, eram um bocado escuros e sombrios. quase não se via o sol, estava sempre lá ao fundo, no horizonte, e aquela neblina persistente não abonava muito a favor da coisa..
os dois últimos dias foram passados a conhecer capital dos países baixos, amsterdão.
(mas isso fica para o próximo capitulo)