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lost in wonderland

lost in wonderland

Lost in... Mallorca

Julho 29, 2017

tipo, a sério? com tanto sítio fixe para visitar e tu vais-te enfiar naquela que é capaz de ser a maior armadilha de turistas da europa? que falta de gosto, fónix..!

ò pra mim muhahahah tinha esta viagem alinhavada há 1 ano, era para ter sido o destino das férias do verão passado mas como só aconteceram em agosto, ficou em águas de bacalhau. e quase que também não acontecia este ano.. foi planeada em cima do joelho. entre voos e cinco pernoitas em sítios diferentes, demorámos 2 horas a marcar tudo... com dois dias de antecedência...

tinha tudo para correr bem, não tinha? :D

não quis cá saber de programas pré-fabricados em "resorts". tinha estrelas plantadas ao redor da ilha toda e seria muito penoso todos os dias voltar a base (been there, done that). assim determinamos as dormidas por etapas, distribuídas pelos quatro quadrantes da ilha, junto aos focos de estrelas. alugamos um carrito na rent-a-car que nos pareceu ter melhor relação preço-reviews e fomos em formato road trip.

pedimos o carro mais básico do catálogo, na expectativa de sair de lá montados no fiat 500 branquinho, com um vibe a condizer com a nossa aventura pela ilha. a desilusão nas nossas caras, quando o funcionário da rent-a-car nos informou que lá fora à nossa espera estava um ford fiesta 1.4 diesel... ooooooooh - que acabou por se portar à altura, especialmente nas montanhas e nas estradas de terra batida.. perdão, nas torrentes de cascalho em que nos metemos, e me proporcionou grandes e muito agradáveis momentos nas estradas maiorquinas. tinha 6605 km quando lhe meti as mãos em cima. fizemos 560km em 4 dias, e gastamos 30€ em combustível. not bad!

no último dia, skipamos uma zona que estava no roteiro, pois eu só queria era praia e caguei prás vistas. (quase) 5 dias souberam a pouco, passaram à velocidade da luz..

miraculosamente o universo não conspirou contra nós. estávamos preparados para o pior, e o pior nunca aconteceu.. quer dizer, fora os chiliques do corpo humano, que resolveram dar o seu ar de graça... no último dia andei à rasca de um dente (há 10 anos que os cabrões dos dentes não me davam chatices, timing do crl) e o homem apanhou a constipação do costume..

há muito para ver e fazer na maior das ilhas baleares. achava eu, na minha ignorância inocência, que 5 dias eram suficientes para conhecer a ilha.. apenas consegui raspar a superfície, e a correr... existem montes de sítios giros para visitar, e ficou muita coisa para trás.

quando o avião sobrevoou a cordilheira da tramuntana, fiquei logo a salivar. se há duas coisas que eu gosto nesta vida, é praia e montanhas.. e ali encontrei o melhor dos dois mundos. e não só!

passámos por (espécies de) praias maravilhosas. foi a primeira vez que me banhei nas águas do mediterrâneo, e fiquei instantaneamente fã. são deliciosas, em cor e temperatura (pelo menos na altura em que fomos).. quando entravamos era quase impossível sair. duas coisas onde passei mais horas (acordada) em maiorca: enfiada no mar e a conduzir.

a banda sonora foi providenciada pelo canto incessante das cigarras, malucas com o tempo quente. quase deixavam a malta surda, nunca as tinha ouvido cantar com tanta intensidade. às vezes íamos no carro de vidros abertos, a levar com vento quente na tromba, só para as ouvir.

o interior está salpicado de vilas e aldeias solarengas, muito pitorescas e cheias de charme. estão perfeitamente diluídas na paisagem, devido às casas serem na sua maioria feitas em pedra. ao entardecer, os tons quentes de castanho das paredes e dos telhados, ganham um dourado resplandecente magnifico. em cada uma delas, espreitava sempre uma torre de igreja por cima dos telhados. nas ruas apertadas em calçada da mesma cor das paredes, com plantas e flores a brotarem de todos os lados, não faltam esplanadas e terraços a convidar-nos para tapas e cañas.

atravessámos muitas que mereciam visita, mas como andávamos sempre a contra relógio, nem sempre dava para parar. fazer road trips é muito fixe, mas falha quando vamos com calendário para cumprir. ficamos com pouca margem para explorar à descrição todos os sítios que vamos encontrando pelo caminho.

passamos por uma porrada de sítios lindos, muitos deles terrivelmente maltratados pelo turismo excessivo. tal como no algarve, nota-se muita perda de identidade cultural, especialmente nas zonas costeiras mais concorridas. os restaurantes e o comércio estão orientadíssimos para o turismo, em alguns sítios nem se percebia que estávamos em espanha. esta parte faz-me uma certa alguma confusão.. acho que é perfeitamente possível preservar a autenticidade de um sítio, por muito concorrido que seja.. por algum motivo as pessoas começaram a ir para lá, não? 

aquilo é um paraíso, só que está tal modo infestado de pessoas que nem sempre se consegue apreciar devidamente a sua beleza. mesmo evitando as zonas mais turísticas, há sempre gente aos magotes (nós incluídos lol)..

memórias muitas, e algo que eu não sabia se tínhamos em nós: a capacidade de fazer uma viagem deste género, de forma tão despreocupada e cheia de improvisos, num pais estrangeiro. registei as zonas que mais gostei, e quero regressar para explorar com a devida atenção. ainda por cima está aqui tão pertinho de nós.

os capítulos desta saga vão estar divididos pelos locais onde acordámos e onde fomos adormecer. a ver se não me esqueço de nada, pois não tive tempo de apontar nada. foi sempre, sempre a abrir, à noite quando caía na cama ferrava a dormir 8 horas seguidas, tal não era o cansaço.

resta apenas saber se, a) vamos pagar uma pequena fortuna em roaming de dados, b) a melhor coisa que podia ter acontecido a quem se desloca pela europa é for reals! yay!! 5 dias pendurada no roaming de dados, com 0 de custos extra. fuck yea!

to be continued...

Murakami

Julho 27, 2017

nestas férias li murakami pela primeira vez. andava curiosa com este escritor há vários anos, mas tenho que admitir que o preço dos livros deixa-me muitas vezes de pé atrás, com receio aos barretes.

mas no primeiro fim de semana das férias estive na terrinha, topei o norwegian wood arrumado na estante, e deitei-lhe logo as ganfas. ataquei-o na semana do campismo, no primeiro dia de praia.

digamos que senti algumas dificuldades na leitura, logo nas primeiras páginas. tudo por causa de um simples detalhe: frases feitas..

[pausa para meter os pontos nos ii's: não deixa de ser irónico, que alguém como eu, que usa frases-feitas como quem espirra, tenho zero de autoridade para me queixar de tal coisa. mas como não sou uma escritora que caga bestsellers, e que todos os anos é considerada para receber o nobel da literatura, acho que tenho uma certa margem]

devia deixar-me de merdas e ler sem questionar o que estou a ler.. só que não.. quando faço um compromisso com um livro, espero não só que ele me leve a lugares (metafísicos), como me deixe impressionada com a mestria da escrita e encante com as palavras. e também obtive isso com este livro.

mas.. frases feitas é tão foleiro - isto dito por uma pessoa que as usa a torto e a direito (see what i did there? lol). chegava a encontrar duas ou três por página.. mas o que é isto? será problema da tradução? uma rápida pesquisa no google mostrou-me que é mesmo assim, e que há muita gente que tal como eu, implica com este detalhe.

terminei o livro com sentimentos mistos. não sei se gostei ou não gostei. se por um lado achei a história bem estruturada, e que representa muito bem a mentalidade e o modo como os japoneses encaram a vida e as relações interpessoais (até aqui só tinha exemplos vindos de animes slice of life e alguns filmes).. por outro achei a utilização excessiva das bengalas um turn off do caraças..

o mais certo é estar a escapar-me o motivo transcendental que o levou a ter este estilo de escrita.. pode ser um traço pessoal, uma manía, ou apenas uma técnica para aproximar as personagens do leitor, na tentativa de torna-las mais reais.. só que não cola, especialmente quando usa palavras super pretensiosas nos diálogos entre amigos (que eu duvido muito que amigos as utilizem entre si), misturados com frases banalíssimas. às vezes parecia que parece que estava a ler um blog.. wtf?

lutei com isso até a última página, cheguei a atirar o livro pro lado várias vezes, frustrada.. fui até ao fim, mas ainda não decidi se dou outra oportunidade a este escritor tão cedo.

A blast from the past II

Julho 17, 2017

le wild mail from the past appears!

The following is an e-mail from the past, composed on July 29, 2014. It is being delivered from the past through FutureMe.org


três anos não é muito tempo, mas era para calhar num dia com muitos 7's hi hi hi quem é amiga, quem é?

tens o esquema em velocidade de cruzeiro, tá tudo nos conformes, sort of.. há muita coisa pendente que devia ser tratada mas essa preguiça.. ai essa preguiça! a porta do armário tá cheia de post-its!!

o verão tem estado uma merda, esperas e desesperas por aqueles dias de praia insuportavelmente quentes..

tás com uma dorzinha no joelho porque há quatro dias atrás abusaste na corrida. bem feita para não seres gananciosa nos km/tempos..

ao que interessa!

essa saúdinha, como vai? aquela dor nas costelas ainda não te matou?

acho que finalmente desistiu me me chatear XP

já correste a meia-maratona ou cagaste nas corridas entretanto?

UI... cagar não caguei.. mas dúvido muito que isso das maratonas algum dia venha a acontecer -_-' mas volta e meia, ainda dou umas corridinhas, até porque o ginásio tá em pausa por tempo indeterminado : /

e o teu hóme? ja tirou o corno?

já, finalmente!!

ainda trabalhas no charco? e ele?

não. e não. viemos de lá mais uns quantos, para começar uma cena nova.

a gata, ainda te dá cabo da cabeça?

já não está tão reguila, mas continua fofa que só ela ♥

já caíste na asneira de ter filhos?

não, thank gawd!

ainda tens o cascas? inteiro? teve algum enguiço entretanto? correia de distribuição partidas e motor pro galheiro? capas das bielas e motor pro galheiro? acidentes?

sim, e sim. não, tem-se portado lindamente, o motor tá impecável. acidentes? mas julgas que sou alguma selvagem na estrada ou quê??

já meteste cortinas nas janelas? o pingo doce à porta, dá jeito?

não lol. bué!

já despacharam almada?

:X

já voltaste ao iphone?

nop, e dúvido muito que vá voltar.. android forevah!!

já palmilharam a costa vicentina?

jáaaaaaaa!!! foi. TÃO. FIXE!!! quero palmilhá-la outra vez hi hi hi

já foste ao méxico? ou às maldivas?

nãoooooo, chuinf..

ainda tens o liwl vivo?

so it seems XP

escreveste este email ao som dos húngaros, tás a trabalhar no blogs novo, e na nova versão da HP, a tua 3ª :)

♥♥♥

btw, tás quase nos 40!!!! MUHAHAHAHAHAH

fuck you very much!

Salada Montanheira

Julho 01, 2017

sou grande fã de saladas, especialmente agora verão. com o calor, às vezes não me apetece comer mais nada se não salada. vivia bem estes três meses só a saladas e peixinho assado no carvão. ai mãezinha... *droooools*

tão, a modos que vou deixar aqui umas receitas das minhas saladas favoritas. e vou começar com uma que cresci a comer. umas vezes assim, outras generosamente regada de água geladinha ou com pedras de gelo.. mas essa já cai na categoria de sopa, e não é isso que se pretende agora.

a salada montanheira é uma das muitas iguarias típicas dos algarves (ainda que levemente inspirada no gaspacho alentejano - ou será ao contrário?) profundos, onde as gentes são peritas em arranjar truques para aguentar melhor os calores do verão.

preparar esta despretensiosa e fresca saladinha, que acompanha qualquer prato não tem nada que saber. precisamos de,

1 tomate
1 cebola pequena (ou meia)
1 pepino pequeno (ou meio)
1/4 pimento verde
1/4 pimento vermelho
oregãos
sal marinho (daquele artesanal, cultivado à moda antiga em salinas algarvias)
azeite (extra-virgem, biológico, prensado a frio)
vinagre (de espumante... lol não liguem, tou só a ser pedante com os temperos por razão nenhuma muahahah)

este é um daqueles casos em que o sabor está totalmente dependente da qualidade dos ingredientes utilizados, por isso, tragam estas coisinhas do mercado (ou cravem àquele vizinho porreiro que tem uma hortinha) que não se vão arrepender. ah, e atenção às quantidades, se não, ficam com salada para uma semana.

é só picar tudo aos cubinhos (btw, costumo remover as sementes do tomate), meter para dentro de uma taça, temperar a gosto, remexer, repousar uns momentos do fresquinho do frigorífico, para os sabores se misturarem, e já tá!



agora a sério isa.. porqué que alguém havia tar com esse trabalho todo de picar vegetais, quando podia simplesmente fatiar as cenas, atirar para dentro de uma travessa e temperar? que crl de diferença faz a salada estar picada??

epá, faz!! como é que de outra forma, conseguíamos comer salada à colherada? impossível! nunca comeram salada à colherada? não sabem o que andam a perder.. é tipo, brutal!

e agora deixai de ser preguiçosos, e ide comer salada à colherada!!

'Le me

tem idade suficiente para ter juízo, embora nem sempre pareça. algarvia desertora, plantou-se algures na capital, e vive há uma eternidade com um gajo que conheceu pelo mIRC.

no início da vida adulta foi possuída pelo espírito da internet e entregou-lhe o corpo a alma de mão beijada. é geek até à raiz do último cabelo e orgulha-se disso.

offline gosta muito de passear por aí, tirar fotografias, ver séries e filmes, e (sempre que a preguiça não a impede) gosta praticar exercício físico.

mantém uma pequena bucket list de coisas que gostava de fazer nos entretantos.

'Le liwl

era uma vez um blog cor-de-rosa que nasceu na manhã de 16 de janeiro, no longínquo ano de 2003, numa altura em que os blogs eram apenas registos pessoais, sem pretensões de coisa alguma. e assim se tem mantido.

muitas são as fases pelas quais tem passado, ao sabor dos humores da sua autora. para os mais curiosos, aqui ficam screenshots das versões anteriores:
#12   #11   #10   #9   #8   #6   #5   #4

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